O Sindicato de Clubes de São Paulo (Sindiclubes) orientou que os estabelecimentos associados suspendam temporariamente a venda de bebidas destiladas. A medida foi anunciada após o aumento de casos de intoxicação por metanol em bebidas adulteradas no estado.
De acordo com o Sindiclubes, a decisão é preventiva e busca proteger os consumidores e a reputação dos clubes. Até o momento, o estado de São Paulo registra uma morte confirmada por ingestão de bebidas adulteradas, enquanto outros quatro óbitos estão sob investigação sendo quatro na capital e um em São Bernardo do Campo. Segundo a Secretaria de Saúde, há 22 casos de intoxicação notificados, sendo sete confirmados e 15 suspeitos.
Nesta semana, a Polícia Civil interditou dois bares na capital, nos bairros Jardins e Mooca, por suspeita de uso de metanol. Cerca de 100 garrafas sem rótulo ou comprovação de procedência foram apreendidas. Em um dos casos, uma mulher de 43 anos sofreu convulsões e relatou perda temporária da visão após consumir três caipirinhas em um dos bares. Também foram recolhidas 40 garrafas de whisky, gin e vodka em um minimercado na zona sul, além da interdição de uma distribuidora no M’Boi Mirim.
A intoxicação por metanol é considerada emergência médica grave. A substância, ao ser metabolizada, libera compostos tóxicos que podem causar cegueira permanente ou morte. Os principais sintomas são visão turva, perda de visão, náuseas, vômitos, dores abdominais e sudorese. O Ministério da Saúde orienta que, diante de sinais suspeitos, a população procure imediatamente atendimento médico e acione os serviços de emergência especializados, como o Disque-Intoxicação (0800 722 6001) ou o Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (0800 771 3733).