Um crime brutal chocou a cidade de Serra, no Espírito Santo, no dia 3 de janeiro de 2025. Thiago Louzada, de 43 anos, professor de jiu-jítsu, instrutor de academia e motorista de aplicativo, foi assassinado a tiros no bairro Vila Nova de Colares.
A investigação da polícia aponta que a motivação do crime foi uma falsa acusação de que ele teria abusado da própria filha, de 6 anos. A mandante, segundo as autoridades, é a sogra da vítima, que planejava assumir a guarda exclusiva da criança.
Viúvo desde que a esposa faleceu durante o parto, Thiago criou a filha com a ajuda da sogra, Vanda de Oliveira. No entanto, ele planejava entrar na justiça para obter a guarda exclusiva da menina, pois discordava da forma como Vanda a criava.
Foi a partir daí que, de acordo com a polícia, a sogra arquitetou o plano para matar o genro, inventando a história de abuso para incitar criminosos locais a executarem o assassinato.
A investigação revelou que Vanda atraiu Thiago para uma emboscada no dia do crime, usando a própria neta como isca.
A menina, sem saber do plano, foi incentivada pela avó a chamar o pai, recebendo uma caixa de bombons como recompensa.
Enquanto Vanda e sua irmã conversavam com Thiago, que estava de costas, o atirador Igor Reis de Jesus e o responsável pela fuga, William dos Santos, se aproximaram para executar o crime.
Quatro pessoas foram presas pelo assassinato. Além de Vanda de Oliveira, a polícia deteve Luís Fernando Moreira, identificado como chefe do tráfico de drogas na região e acusado de ordenar a morte de Thiago. Igor Reis de Jesus e William dos Santos também foram presos.
Mensagens de áudio encontradas no celular de Igor confirmam sua participação no homicídio.
Durante a apuração, as autoridades ainda encontraram conteúdo de pornografia infantil no telefone de Luís Fernando.
O caso, que segue em investigação, revela uma história de tragédias sucessivas. A menina, hoje com 6 anos, perdeu a mãe no parto, o pai assassinado e agora tem a avó presa.
A guarda da criança ainda não foi definida, e o futuro dela segue incerto.