Jundiaí confirma morte por febre amarela após sete anos sem casos

Após sete anos sem registrar casos de febre amarela em humanos, a cidade de Jundiaí (SP) confirmou nesta segunda-feira (2) a morte de um homem de 41 anos pela doença. Morador da Vila Rio Branco, ele não tinha histórico de vacinação e foi internado no Hospital São Vicente de Paulo, onde faleceu no dia 9 de abril. A confirmação do diagnóstico foi feita pelo Instituto Adolfo Lutz.

A vacina contra febre amarela está disponível durante todo o ano em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Clínicas da Família do município, conforme o horário de funcionamento das salas de vacina. O esquema vacinal segue as orientações do Ministério da Saúde: crianças entre 9 meses e 4 anos devem receber duas doses, sendo a primeira aos 9 meses e a segunda aos 4 anos; a partir dos 5 anos de idade, a vacinação é feita em dose única. A Vigilância Epidemiológica reforça a importância de a população verificar sua situação vacinal e procurar a unidade de saúde mais próxima em caso de dúvidas.

A febre amarela é uma doença infecciosa aguda causada por um vírus transmitido por mosquitos infectados. Ela pode ser transmitida em áreas rurais ou de floresta, por mosquitos como Haemagogus e Sabethes, e também em áreas urbanas, principalmente pelo mosquito Aedes aegypti. Os primeiros sintomas incluem febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores no corpo, náuseas, vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos graves, o paciente pode apresentar febre alta, icterícia, hemorragias e, em situações mais severas, evoluir para choque e falência múltipla dos órgãos. A taxa de mortalidade em casos graves varia de 20% a 50%, por isso é essencial buscar atendimento médico logo nos primeiros sintomas.

A principal forma de prevenção é a vacinação, oferecida gratuitamente pelo SUS. Desde 2017, o Brasil adota o esquema de dose única para toda a vida, conforme orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS). A vacina, aplicada por via subcutânea, deve ser administrada pelo menos dez dias antes de viagens a áreas de risco, especialmente para quem nunca foi imunizado. No entanto, o imunizante é contraindicado para crianças menores de 9 meses, mulheres que amamentam bebês com menos de 6 meses, pessoas com alergia grave a ovo, pacientes com HIV com baixa contagem de CD4, indivíduos em tratamento com quimioterapia ou radioterapia, portadores de doenças autoimunes e pessoas em uso de medicamentos imunossupressores.

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