A participação de criatórios de fora do Rio Grande do Sul foi uma das surpresas marcantes do julgamento da raça Santa Gertrudis na 48ª Expointer, realizada em Esteio no dia 31 de agosto. Graças ao novo status sanitário do país — agora livre de febre aftosa sem vacinação —, animais de outros estados puderam competir nas pistas gaúchas, trazendo ainda mais diversidade às disputas entre machos e fêmeas.
Foram 33 animais inscritos, e entre os destaques estão representantes de Mairinque, no interior de São Paulo. O touro Mr Atalla, da Fazenda Malagueta, de Mairinque, conquistou o Grande Campeonato na categoria de machos, repetindo o resultado que já havia alcançado na Feicorte 2025.
Nas fêmeas, a Fazenda Malagueta — também de Mairinque — fez a dobradinha: Melissa da Monte Sião foi escolhida a grande campeã, enquanto a reserva de grande campeã foi Urucaia da Bili, da Fazenda União do Brasil (Buri/SP), integrante do grupo American Union, com participação internacional.
O criador Pedro Álvares de Mello, da Fazenda Malagueta, ressaltou que a presença de rebanhos de outros estados é fundamental para mostrar a adaptabilidade da raça Santa Gertrudis em diferentes regiões do Brasil, especialmente no Sul, onde as condições climáticas e sanitárias são bastante distintas.
Também o jurado Luis Fernando Doneux comentou que os machos surpreenderam pela funcionalidade, musculatura, precocidade e estrutura, indicando que a raça está cada vez mais próxima de um tipo produtivo ideal.
O presidente da Associação Brasileira de Santa Gertrudis (ABSG), Antônio Roberto, destacou que a união entre criadores e a participação em eventos como a Expointer são essenciais para consolidar a força da raça em território nacional.